domingo, 25 de janeiro de 2009

Triste sabedoria

O esboço que faço de mim
Será sempre um rascunho cheio de erros.
Sou pessimista, quero ser.
Viver para sofrer e roer a alma.
Desfazer-me do meu corpo era sonho.
Sonho que não quero apressar…
Mas com tempo hei-de apreciar a predilecta falha
Do meu raciocínio! Hei-de ser sem corpo.

Olho para vós e não vejo nada
Olho, volto a olhar e vejo um aglomerado de pedras!
Sois mortos da luz, sois vivos da traição,
Sois seres medíocres sem poderes. Sem nada!
Sois merda nos cantos da retrete, nojentos sem saber.
Despegai-vos de mim, saí de minha beira.
Quero estar só! Saí!

Grito alto de baixo! Ahhhh! Adeus!

Corto-vos, mato-vos, sois podres em pensamento.
Sofrimento? Quando quero tenho.
Quando não quero fico com ele!
Quero paz! Dai-me paz! Ahhhhhh!
Sois credos perdidos. Quem sois? Quem serei?
A quem amei? Sereis reais?

Eu sinto o toque. Eu sinto-vos.
Sonho ou vivo? Desgraça a minha…
Não sei! Quero saber! Quero saber!

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